Queridos leitores e leitoras, convido você a fazer uma viagem comigo, uma viagem pelo mundo incrível das cores. Apertem o cinto e vamos lá:
Na vastidão branca e inexorável de uma
folha de papel, o lápis de cor se torna um pincel mágico, pronto para dar vida
aos sentimentos que habitam nosso coração e nos levar aos lugares mais
incríveis e inusitados que podemos imaginar. Cada cor, como uma poesia
silenciosa, nos contará uma história única.
A caixa se abre e de dentro um vermelho nos
chama a atenção. É a cor da paixão que incendeia nossas emoções. Um traço
intenso, como um batimento cardíaco acelerado, que nos leva a amar com fervor.
É o calor que se espalha quando nos perdemos nos olhos de alguém especial. Você
risca no papel e a cor pulsa “Tum-tum, Tum-tum” como um coração ritmado e
feliz.
Outra cor nos acena, nos convidando a uma
viagem mais serena, é o azul do céu no dia mais claro e intenso, que acalma
nossos pensamentos, que tranquiliza nosso olhar. E de um risco no papel se
desenha um oceano inteiro, cujo marulhar das ondas azuis, como os mares do
nordeste, nos trazem lembranças, aromas e uma paz, aquela paz que sentimos logo
após uma forte tempestade.
Na folha de papel surge um sol amarelo
brilhante, intenso e otimista. O papel se ilumina e não há sombras que possam
obscurecer esta cor. Ouve-se risadas, sorrisos, os gritos das brincadeiras das
crianças, uma dança em um campo florido de girassóis. É a esperança, nossa
viagem mais intensa, que assim como a cor que a representa precisa ser usada
com cautela, com muito cuidado e movimentos suaves, senão papel risca e você
precisa começar tudo novamente.
E então, a próxima parada nos faz sentir o
cheiro das matas, a seiva das arvores, o aroma das folhas que caem e se
misturam a terra. É o verde, que de tão sereno é a cor da harmonia. Posso ouvir
as folhas que balançam suavemente ao vento, o som das asas dos pássaros que
voam por entre os galhos e percebo que o lápis de cor que melhor desenha isso é
o está carregado dos pigmentos da aquarela.
Então, lá em meio à floresta o roxo
desponta em uma pequena flor. É a cor da espiritualidade, da reflexão, da
viagem para dentro da alma para que possamos descobrir os segredos que se
escondem no mais profundo de nosso ser. Um traço em tons arroxeados pode nos
mudar assim como muda o papel.
Por fim, eles (os lápis de cor) explodem na
vastidão da folha que agora não mais está tão branca, fazendo misturas,
combinações, neutralizações e iluminações sem limites. Então, um belíssimo
arco-íris surge revelando a complexidade em cores do que existe dentro de cada
ser humano, em sua miríade de sentimentos, vontades e desejos, que palavras não
seriam suficientes para expressar.
A viagem não tem fim. Quando a folha acaba iniciamos outra, mais outra e outra mais. Se não há o lápis de cor para representar, há o coração de cada um de nós que pode colorir a vida da forma que desejar.
Chegamos ao fim desta jornada, mas o bom final de semana continua. Passe na papelaria, compre uma caixa de lápis de cor, pinte sua vida das mais brilhantes e belas cores que existirem.
Bela reflexão. Cores despertam amores e amenizam as dores...
ResponderExcluirQue texto maravilhoso você publicou Soraya. Acompanho todas suas publicações e me confesso seu fâ incondicional, mas esta publicação superou as demais. Fantastica. Parabens pela criatividade. A proposito, minha cor favorita é o azul.
ResponderExcluirSoraya, amei seu textoSou sua fã incondicional. Não tenho uma cor muito definida. Gosto de várias.
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