Começo este texto com muita tristeza por não ter mais entre nós esta autora tão incrível, que nos presenteou ao longo de sua vida com histórias cativantes que nos envolviam até o último fio de cabelo, muitas vezes nos levando a uma ressaca de livros que durava tempos. Durante este período nada parecia bom, era como ser tivéssemos perdido pessoas reais e, no entanto, eram personagens que saíram da cabeça genial da autora.
Lucinda Riley também era uma pessoa
incrível. Nas poucas vezes que ela esteve no Brasil se mostrava gentil e super
atenciosa com o público. Eu me lembro que no lançamento do livro As Sete Irmãs,
aqui em São Paulo, ela promoveu um bate papo muito gostoso com o público e
quando chegou a minha vez de pegar os autógrafos, ela se lembrou
espontaneamente dos contatos que tínhamos através das redes sociais. Que
memória excepcional.
Morte no Internato, lançado este ano pela
Editora Arqueiro, atende a todas as expectativas dos leitores-fãs de Lucinda
Riley. Estou impressionada com a capacidade dela de nos envolver em suas
histórias, parece bruxaria! Você começa a ler e não consegue mais parar. Ela
nos prende de tal maneira que a trama, as pessoas, tudo é tão real, tão
possível que você quase consegue tocá-las, como um portal que se abre para uma
dimensão paralela.
Neste livro ela demonstrou sua enorme
capacidade para as histórias de detetive. Ela é tão boa nisso, que você não
consegue descobrir o criminoso antes, somente no momento certo. Quase no final,
ela deixará escapar uma dica, proposital, para logo depois fazer a revelação. E
olha, eu sou boa em desvendar as tramas, quase sempre descubro antes os
mistérios.
O órfão adotado foi mais fácil de descobrir
– pelo menos para mim – e soou como uma punição de um personagem
particularmente “ruim”, ambicioso e sem limites. Eu ri no final e murmurei um
sonoro “bem feito”.
Enfim, a temática predominante em todas as
obras dela – casamentos desfeitos – estava presente também nesta trama. O livro
é de 2006, bem antes da história das Sete Irmãs ou de outros livros já
publicados, mas Lucinda já demonstrava seu grande talento.
Enfim, esperando ansiosa que o filho dela,
Harry lance Atlas, o último livro da série As sete irmãs.
E como seu sempre direi: Guardo Lucinda
Riley no meu coração e seus personagens me acompanharão pelo resto da minha
vida.
Sinopse:
A morte repentina de um estudante na Escola
St. Stephen – um internato na região mais remota de Norfolk – é um
acontecimento chocante que seu diretor faz questão de encarar apenas como um
acidente infeliz.
Porém, a polícia local não descarta a
possibilidade de um crime, e o caso traz de volta à ativa a inspetora Jazmine
Hunter. Jazz se afastou da carreira policial em Londres, mas, relutante,
concorda em participar da investigação como um favor a seu antigo chefe.
Ao analisar os detalhes da morte de Charlie
Cavendish, ela descobre que o garoto fazia bullying com diversos alunos e que
alguns tiveram o motivo e a oportunidade de trocar os comprimidos que ele
tomava diariamente para controlar a epilepsia.
Para complicar a investigação, outro
estudante some e um respeitado acadêmico morre na St. Stephen. Os novos
acontecimentos trazem pistas importantes para o caso, mas, quando um dos
suspeitos desaparece, Jazz se vê ainda mais enredada em mistérios.
Precisando enfrentar seus demônios
pessoais, a inspetora percebe que aquela investigação é a mais desafiadora de
sua carreira. O internato esconde segredos mais sombrios do que Jazz jamais
poderia ter imaginado...
Autor: Lucinda Riley
Tradução: Simone Reisner
Ano: 2022
Editora: Arqueiro
Gênero: Ficção Irlandesa
Páginas: 384
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