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Mostrando postagens de julho, 2024

A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata

Sempre quis reler este livro, mas não pude até hoje. Li pela primeira vez em 2015, com um exemplar emprestado por uma leitora devoradora de livros. Os anos passaram e apenas hoje adquiri um exemplar. Olho para ele acomodado sobre o cobertor ametista. Não me canso de olhar sua capa tão significativa, sentir o aroma do papel ainda novo misturado com a tinta de impressão que faz a magia do texto acontecer. Nenhum meio eletrônico supera essa emoção. - Difícil se despedir dele? - Sem dúvidas, por que Juliet, Dawsey, Isola, Amelia, Kit, Eben, Elizabeth e o incrível Sidney se tornaram meus amigos. E quando a última página se foi, é como se eles fossem embora para outra dimensão, um lugar que só posso imaginar, mas não acessar. “A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata” é a verdadeira literatura que te abraça, que te acolhe, não com recursos baratos e frase feitas, mas com gente de verdade, com sofrimentos reais, com alegrias verdadeiras, tão concretas que você consegue enxer

A Casa que anda e a vida secreta de Clarice Lispector

Em uma semana olímpica talvez ninguém, ou quase ninguém, se lembre que dia 25 de julho é o dia do escritor nacional. Acho estranho nos dividir em nacionais e internacionais, já que acredito que nós escritores somos uma nação a parte. Formamos um grupo acima das fronteiras não só físicas, mas as temporais. Se houvessem fronteiras temporais hoje não teríamos Shakespeare, Machado de Assis, Ovídio, Victor Hugo, Graciliano Ramos e muitos outros que já se perderam pelo passar dos anos e dos séculos. Porque Clarice no título? Não é por acaso. Clarice é o sinônimo desta mistura além das fronteiras. Uma Ucraniana que escreveu em português, que quebrou regras da escrita e que somente virou assunto novamente porque um pesquisador americano desenvolveu um trabalho sobre ela e publicou um livro biográfico incrível. Quer mais “alem da fronteira” que ela? Ontem mesmo, em um bate papo literário no qual Clarice estava incluída, falávamos sobre grandes escritores e sobre o papel deles, caso escr

E o troféu vai para a superação

Dois para lá, dois para cá. Cambré, panquecas, sapateados, picadinhos... e lá se foi o último dia do “dança dos famosos”. Chovia lá fora e na TV os ritmos ardiam em um show de talentos e de superação. Foram alguns meses acompanhando programação de alta qualidade que envolvia muita aula de ritmo, história da dança e jurados atentos ao mínimo deslize dos participantes. A final trouxe exatamente os melhores participantes, os que mais se esforçaram, os que transformaram pedra em flor. Foi a melhor final de todas até hoje. O troféu cairia bem nas mãos de qualquer um deles. Ganhou Tati Machado (Confesso minha torcida). Ganhou a razão, ganhou o publico que recebeu uma lição muito importante: - Nada é impossível quando nos dedicamos aos nossos objetivos. Digo isso porque Tati Machado não tem o perfil de uma dançarina, pelo menos não o clichê que se costuma construir de forma física. A apresentadora e influencer mostrou a todo mundo que a dedicação pode fazer transformações, que qualqu

Uma imagem vale mais que mil palavras?

                    Folha Verde           No escorregão gota cai           Chuá.   Obs:  Texto de minha autoria. A postagem de hoje é para reflexão sobre a importância da palavra. O que você pensa sobre o assunto? Bom final de semana!

O Fim da Eternidade

Quando um livro é bem escrito, não só possui muitas camadas de leitura como nos permite, a cada releitura uma visão mais ampla da obra. O Fim de Eternidade é um desses livros. Fiz a terceira leitura dele e ainda me surpreendo com o conteúdo que encontro. Não creio que o tom de atualidade de O fim da eternidade possa ser encontrado em qualquer outro livro escrito nos anos 50. O livro de Isaac Asimov é um grande tributo às pesquisas de Einstein e às teorias da comunicação, que vão de MacLuhan até os mais contemporâneos pesquisadores. Quantas realidades podem existir? Há outros “eus” que circulam por realidades paralelas, vivenciando outras experiências? Há seres nos controlando? Estamos protegidos de uma catástrofe total de caráter extintivo? Não sei exatamente o que se passou na cabeça genial de Isaac Asimov ao criar o belíssimo O Fim da Eternidade, mas estes questionamentos permeiam seu texto do começo ao fim. Parece estranho afirmar que um ficcionista possa explicar um pouco d

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