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Mostrando postagens de novembro, 2024

Ler ou não ler? Eis a questão!

         Um Brasil que lê menos é um país que tem futuro? Uma pessoa que não lê tem as mesmas oportunidades daquelas que não leem? Crianças de famílias que não leem podem ser tornar leitoras? O preço do livro impede as pessoas de lerem? E as bibliotecas? Porque não frequentam as bibliotecas? A internet é realmente a grande vilã da leitura? O Brasil não incentiva a leitura? Quantas perguntas podem ser inseridas aqui, e ainda assim haveria muitas a serem feitas quando a questão é a leitura. Fato é que a pesquisa recente “Retratos da Leitura”, pela primeira vez, o número de não leitores superou o de leitores. “Há algo de podre no reino da Dinamarca brasileira!” Por que a leitura é tão preterida quando se fala de livros? Porque as pessoas ainda atribuem o ato de ler a quem “tem tempo”, como se você precisasse ser folgado para empreender uma jornada de leitura. Digo isso porque escuto constantemente pessoas dizerem que não têm tempo para ler, ma...

Memórias Póstumas de Brás Cubas

Precisava de um motivo para me encontrar com Machado de Assis, não bastava ele ser o maior escritor brasileiro de todos os tempos, eu precisava de algo mais. E este algo surgiu quando passei a participar de um Clube de Leitura e o livro do encontro seguinte seria “Memórias Póstumas de Brás Cubas”. Não dá para ler Machado de Assis sem ter com quem comentar. E nada mais rico que um grupo de 14 pessoas, cada uma dando sua visão e complementando um pouco mais sobre a vida deste grande gênio. Memórias Póstumas de Brás Cubas é considerado o primeiro romance realista brasileiro. Nele Machado de Assis questiona a narrativa linear e se utiliza de dois artifícios: a metalinguagem e o diálogo com o leitor. É uma obra, sem dúvida, marcada pela ironia e pelo pessimismo. Se pensarmos no mundo, no momento em que o livro surgiu, havia uma ebulição, uma vontade de mudanças. Na África as grandes potências brigavam para estabelecer suas colônias. No Brasil, a escravidão ainda era uma realidade que ...

Durma bem

          Uma manhã dessas, eu acordo e ligo celular. No WhatsApp uma mensagem: “Durma bem. Gosto muito de você.” Na sequência uma música belíssima. Sorriso nos lábios e coração aquecido, sigo para viver mais um dia feliz. - De quem era a mensagem? Amigo muito especial, que sempre apronta uma surpresa deliciosa. Surpresas que iluminam o dia preenchendo a vida com o carinho e a gentileza. O gesto me fez pensar na gentileza, na atitude que não custa nada, mas que pode modificar a vida de uma pessoa. Um olá com sorriso no rosto, um obrigada para a moça que limpa a rua, um braço amigo para que alguém com dificuldade de locomoção atravesse a rua e outros pequenos atos que se destacam pela nobreza de alma e pela delicadeza de espírito. Gentileza vem de todos os lados e precisa ser espontânea, não deve ser planejada. Precisa vir de dentro, lá do fundo de nossa alma, assim como as mensagens que recebo deste amigo tão querido. Hoje em dia parece que a gen...

Escolher ou não escolher?

     Kamala ou Trump? Livro ou Redes Sociais? Comida de verdade ou ultraprocessado? Azul ou Vermelho? Direita ou Esquerda? Vivemos nossa vida em meio a escolhas obrigatórias. Algumas delas bem sucedidas outras...um verdadeiro desastre. Seja qual for a sua, em qualquer sentido de sua vida, será uma lição, um aprendizado, uma oportunidade de compreender a necessidade de se pensar primeiro, falar na sequência e só então agir. Confesso que o resultado das eleições americanas me surpreendeu, não tanto pelo fato da figura quase folclórica do candidato, mas pelos valores que a população demonstrou ao escolhê-lo, valores que se corromperam com a modernidade, valores que já não prestigiam mais a verdade, a lisura de caráter. É a ideologia da fantasia viral, da “falastricidade”, do dinheiro e falsa moral. Onde o planeta irá parar por esta escolha, não saberia dizer. Os conflitos estão batendo a nossa porta. E a nossa saúde? Quantas escolhas a fazer! Se comemos todos os dias...

Gostosuras ou travessuras?

Confesso, prefiro as gostosuras. Mas esta semana estava no metrô e escutei uma conversa nem um pouco gostosa. - Essa coisa de Halloween é coisa do demo. – Dizia uma mulher. - É sim fulana. Gente se vestindo de caveira e fantasma...vão todos para o inferno. – A outra senhora se benzia. - É uma festa que não é do Criador! Fiquei rindo por dentro enquanto ouvia o bate papo. Chega outubro é sempre a mesma história. Tem o povo que chama a festa de coisa do demo, e tem o outro lado que tenta enfiar o Saci por decreto. Quando dava aulas de inglês empreendi uma pesquisa profunda sobre o tema, já que precisava convencer uma parte dos pais a deixarem seus filhos participarem da festa, porque uma língua se aprende dentro de seus elementos culturais. Na pesquisa que fiz descobri que a festa não poderia ser mais sagrada e voltada a caridade, pelo menos em suas origens. O nome vem do inglês e significa a véspera do dia de  todos os Sagrados (All Hallows Eve). Na data, os antigos Ce...

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