Já parou para pensar nas questões que a ciência levanta sobre a vida? A bioética é como um guia para essas reflexões, uma conversa primordial sobre o que é certo e errado quando falamos de temas como saúde, tecnologia e natureza.
Mas o que é bioética, afinal? Simplificando
um pouco, bioética é um assunto que mistura biologia, ética e filosofia com o objetivo
de nos levar a refletir sobre os limites da ciência e como ela pode ser usada
para o bem de todos. Imagine só: animais podem ser clonados, genes de um bebê
transformados, ou até a vida pode ser prolongada. Mas será que tudo isso é
certo? A bioética entra em cena pra nos auxiliar a responder essas perguntas.
Por que a bioética é tão importante? Porque ela
nos ajuda a tomar decisões mais conscientes sobre o futuro da humanidade e do
planeta. Ao pensar sobre os impactos da ciência, podemos evitar problemas
éticos e garantir que os avanços tecnológicos sejam usados para melhorar a vida
de todos.
Referências para toda a vida é um livro tributo ao professor William Saad Hossne e ao padre pensador
Leo Pessina (Veja minibiografia no final deste texto). Realizado por seus
ex-alunos e participantes de um grupo que se reunia para discutir uma
diversidade de temas com foco na bioética.
São textos
que nos dão uma ideia da riqueza cultural desses encontros, e do grande legado
deixado por William e Leo através de seus alunos.
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No texto apresentado pela jornalista Monica Manir “Em nome da Vida” ela nos apresenta toda uma questão em torno da história da americana Terri Schiavo que vivia em estado vegetativo. Uma batalha judicial para desligar os aparelhos que a mantinham viva e também uma batalha ética: - Seria correto desligar os aparelhos? Afina, ela estava viva ou morta?
Durante e
após a leitura fiquei pensando sobre o tema, o quanto não refletimos sobre
isso, o quanto é difícil tomar uma decisão sobre “o que é vida?”. Afinal, no
estado vegetativo a pessoa está viva ou semimorta? “O que é efetivamente a
vida?”
Perguntei a
algumas pessoas da área da saúde e as repostas são as mais diversas. Não existe
um consenso sobre o que é a vida. Então, como tirar algo que não sabemos ao
menos se era vida ou se ela só estava existindo por conta da tecnologia? Referências para toda a vida nos deixa
essa questão, essa importante reflexão.
É um livro
de suma importância para a leitura, pois precisamos pensar em até quando é
humano prolongar uma vida através de métodos dolorosos como remédios que tiram
a autonomia das pessoas? Em que momento devemos parar? O que estamos fazendo de
errado para destruir a vida?
São tantas
as questões que fica difícil dizer em uma única postagem. O que resta de mais
forte na leitura deste livro é o quanto devemos pensar e debater os assuntos
relacionados à existência da vida e qual é a nossa responsabilidade diante do
avanço descontrolado da ciência, da inteligência artificial, dos valores
agregados a preconceitos de todas as formas.
Se a
bioética nos convida a refletir sobre o tema, Referências para toda a Vida é um mapa para se iniciar a jornada.
E você
leitor, o que pensa sobre a vida? Qual é o seu conceito sobre este tema tão
amplo?
Compartilhe comigo suas reflexões.
Organizadoras: Denise Stefanoni
Combinato e Mônica Manir
Ano de Publicação: 2024
Editora: Cancioneiro
Gênero: Não
ficção/Ciência
Número de Páginas: 204
Sobre os biografados
William Saad Hossne - Nascido em 4 de janeiro de 1927, em São Paulo, William Saad Hossne se formou em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP). Foi professor titular de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, onde atou como diretor entre 1984 e 1988. Também foi reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) entre 1979 e 1983. Participou da criação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), da Sociedade Brasileira de Bioética e do programa de pós-graduação em Bioética stricto sensu do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo. Conhecido como o Pai da Bioética no Brasil, foi membro titular do Conselho Nacional de Saúde e recebeu inúmeras honrarias, entre elas o troféu Guerreiro da Educação Ruy Mesquita, em 15 de outubro de 2013, iniciativa do jornal O Estado de S. Paulo e do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).
Leo Pessini - Padre
Leo, como era conhecido, nasceu em 14 de maio de 1955 em Ibicaré (SC), tendo se
ordenado sacerdote em 1980. Por doze anos, foi capelão do Hospital das
Clínicas, em São Paulo. Formou-se em Filosofia no Centro Universitário
Assunção, na capital paulista, e em Teologia na Pontifícia Universidade
Salesiana, em Roma. Defendeu seu Doutorado em Teologia Moral e Bioética na
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e concluiu o
Pós-Doutorado na Edinboro University, na Pensilvânia (EUA). Foi vice-reitor do
Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, presidente das Organizações
Camilianas no Brasil e superior geral da Ordem dos Ministros dos Enfermos
(Camilianos). Padre Leo instigou as comunidades médica e religiosa a refletirem
sobre a obstinação terapêutica e a dignidade no fim da vida. Entre outros
livros, escreveu a trilogia Distanásia: até quando investir sem agredir?,
Eutanásia: por que abreviar a vida? e Humanização e cuidados paliativos, este
último em coautoria com Luciana Bertachini
FOTO: Na foto estão Mônica Manir (Organizadora do livro) e a turma do Cllube de Leitura do Clube Espéria.
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