A editora Arqueiro está nos proporcionando
verdadeiras raridades durante este período de pandemia. A entrevista com o
autor norte americano foi uma delas. No dia 9 de maio, no canal da editora no
Youtube, Dan Brown respondeu a uma série de perguntas realizadas por Frini
Georgakopoulos (Acquisitions Editor) e Marcos da Veiga Pereira (Presidente da
SNEL).
O primeiro livro de Dan Brown foi publicado
em 1998, Fortaleza Digital, seguido de Ponto de Impacto (2001) e “Anjos e
Demônios” (2000), nenhum deles fez sucesso nesta primeira fase. O sucesso veio
apenas com o livro O Código Da Vinci (2003), e seu charmoso personagem Robert
Langdon.
Também publicou “O Símbolo Perdido”(2009), “Inferno”
(2013) e “Origem” (2017).
Os livros do autor se transformaram em
filmes de grande sucesso como O Código da Vinci e Anjos e Demônios.
Inteligente em suas respostas, simpático e
aberto, Dan Brown falou sobre sua
carreira, sua vida e seu novo livro.
A primeira pergunta foi como ele está
lidando com o isolamento social, e ele respondeu que “os autores são sortudos
porque nada muda para eles. No mundo da fantasia não há coronavírus.” E neste
momento, Dan Brown está envolvido com a escrita de um novo livro.
O autor deu algumas dicas da próxima
estória – e confesso que estou ansiosa pelo novo livro. Uma delas é
absolutamente inusitada. Nosso querido Robert Langdon está apaixonado e noivo –sim,
isso é verdade – e sua noiva é alguém que já conhecemos nos livros anteriores.
Quem será? Tenho um palpite.
E ele é super disciplinado para
escrever. Começa às 4 horas da manhã, todos os dias, usa um ambiente sem
internet, e constantemente se pergunta se o que ele faz é importante. Citou uma cena do livro Código da Vinci que
ele estava escrevendo durante o 11 de setembro, que o fez refletir sobre o seu
trabalho e se ele tinha alguma importância frente aos fatos do mundo. Ainda bem
que ele continuou escrevendo, por que em minha opinião a literatura é algo que
salva o mundo do marasmo, da aniquilação mental.
O autor também falou em como ele procura
equilibrar religião, arte e ciência em seus livros, e quem é seu leitor já
percebeu isso. Dan Brown falou que “Gosta de vilões que fazem coisas erradas
por motivos certos.” Em minha opinião é por isso que os livros dele são tão
interessantes, porque mostram exatamente algo que está faltando hoje em dia: -
compreender o próximo em suas atitudes não significa aceitar e concordar com
ele.
Dan Brown cresceu em uma casa sem TV e
com certeza isso estimulou sua imaginação. Seus livros possuem capítulos curtos,
por uma característica própria dele, e ocorrem geralmente em um período de 24
horas. Também confessou que nunca usou o Google maps para escrever as estórias,
e que em todas elas ou esteve no local onde ocorre para poder cronometrar as
cenas ou usou um mapa. Somente no final do livro a Origem, que há um helicóptero
sobrevoando a cidade, somente neste caso usou o Google.
Houve muitas perguntas de leitores sobre
aconselhamentos para novos escritores, e ele deixou bem claro que o importante
e você terminar a estória. Que o sucesso pode vir ou não. Que ele só conseguiu
vender muitos livros quando escreveu O Código da Vince e que o restante é
consequência.
Dan Brown tem um passado musical. Sua
família era de músicos e por muito tempo ele pensou que seria esse o seu futuro,
até que desistiu e optou pela escrita.
Parte interna do livro(*) |
Também nos falou que o livro “O Símbolo
Perdido” será uma série de TV, que infelizmente foi obrigada a parar as
gravações por conta da pandemia. – Esperamos ansiosamente por ela.
Ao final de entrevista ele fez um
pequeno tour pela sua casa, e nos mostrou sua impressionante biblioteca na qual
estão um exemplar de cada livro que ele escreveu, editado no mundo. Também nos
mostrou o compartimento secreto onde guarda objetos relacionados aos seus
livros como o Criptex e nos presenteou tocando piano.
Foi uma entrevista super criativa que
vale a pena você assistir.
Parabéns a Editora Arqueiro pela
iniciativa de entrevistas grandes escritores.
(*) Parte interna do livro editado pela Bertrand e disponível na internet como degustação. O uso aqui no site é meramente ilustrativo e não se relaciona com a publicação que será feita pela editora Arqueiro.
Veja a Entrevista:
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