Este post precisa começar com uma história que remonta a leitura deste livro. Quando eu era aluna da ESPM, um professor muito querido e competente, de uma “disciplina chamada Arte e Estética”, nos falou em uma aula sobre a “estética” latino-americana. Lembro-me que com seu projetor de slides nos mostrou fotos de fotógrafos famosos, em que apareciam túmulos, pessoas fazendo piquenique neles, consumindo docinhos em forma de caveira. Também tinha fotos de outra comemoração na qual as pessoas se autoflagelavam como se fossem Jesus Cristo. Não preciso nem dizer que estas fotos eram do México, e o professor nos falava que a estética latino-americana estava muito focada no “culto” a morte e a pobreza. É claro que aquelas fotos nos causaram estranheza, porque o Brasil, único pais de língua portuguesa a fazer parte da América latina, tinha e tem um foco muito diferente. Graciliano Ramos, por exemplo, retrata a extrema pobreza, mas não a cultua em seu texto. Na época meu contato com escrit...
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