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Mostrando postagens de maio, 2024

Conselhos de final de semana

     Olá queridos leitores e leitoras! H oje é sexta-feira e se pudesse daria os seguintes conselhos para um final de semana feliz. Cuide muito bem da sua saúde, pois ela não poderá ser reposta. Coma mais alimentos frescos e grelhados. Evite carnes gordurosas, se possível evite as carnes. Dê preferência a proteínas vegetais. Sorria mais e não se estresse com seu trabalho, chefe, colegas, maridos, filhos. Viva a vida mais leve. Desaforo só existe quando você devolve na mesma moeda. Faça a paz e evite a guerra. Se o seu cabelo estiver feio, faça uma mudança, ponha uma cor, um corte diferente, mas sobretudo, lembre-se daqueles que não têm nenhum cabelo porque estão fazendo quimioterapia. Se a sua pele estiver cansada, sem brilho, faça uma máscara com mamão e iogurte. É sempre bom lembrar que um cérebro cheio de pensamentos ruins, estressantes e a falta de motivação refletem na sua pele, no seu olhar e no seu humor. Se você achar que vai ficar triste, ponha uma músi...

Para Ler como um Escritor

" Que a inspiração chegue não depende de mim. A única coisa que posso fazer é garantir que ela me encontre trabalhando." Pablo Picasso A frase não é do livro, mas bem que poderia ser. Francine Prose consegue a proeza de transformar um livro “didático” em algo absolutamente prazeroso. Como um bom romance,  Para Ler como um Escritor consegue nos prender da primeira a última página de maneira quase viciosa. No livro ela questiona as Oficinas de Escrita, as regras canônicas e tudo o mais que um bom crítico insistiria em se apegar. Ler o livro de Francine Prose é como uma “seção de desapego”. Cabe frisar que a escritora questiona as oficinas do ponto de vista da época em que escrevia e no formato usado pelos cursos nos Estados Unidos. Aqui no Brasil temos Oficinas que a própria Francine adoraria participar. Como se explica um livro feito por quem ama os livros? Como se explica a paixão? - Não sei. Tentar uma explicação dessas é como tentar bloquear o fluxo de um rio com ...

A história de como Brás Cubas foi parar no hit dos mais vendidos

Imagem: Courteney Henning Novak/TIK TOK Queridos leitores, eu confesso, fiquei muito espantada e surpresa com a repercussão do vídeo de Courtney Henning. “E agora, o que faço com o resto de minha vida?” Com esta frase ela define, mais do que qualquer coisa, o grande amor e empolgação que o livro de Machado de Assis “Memórias Póstumas de Brás Cubas” provocou nela, a ponto de não querer ler o livro muito rápido para que ele não terminasse. “Porque vocês não me avisaram que o livro era tão bom?” Sim Courtney, porque a maioria de nós brasileiros desconhece a literatura rica que possui, talvez pelo fato de sermos obrigados a ler estas grandes obras em momentos que ainda não estamos preparados para isso, e talvez nem os professores. Quando você não ama verdadeiramente uma leitura não consegue falar dela de forma a entusiasmar o outro, a incentivar a leitura. Quando penso na quantidade enorme de blogs que temos, e no fato de nunca ter lido em nenhum deles (E nem no meu) algo sobre e...

O Clube do Livro do Fim da Vida

Peço licença aos meus leitores para extrapolar nas minhas análises e fazer da resenha de O Clube do Livro do Fim da Vida, muito mais um bate papo que uma resenha propriamente dita. Penso em Will Schwalbe como uma pessoa privilegiada e ao mesmo tempo de uma sensibilidade incomum. Escrever um livro sobre a própria mãe lutando contra um câncer sem cura, falar de livros e literatura e transformar tudo isso em uma história que prenda o leitor, não é uma tarefa fácil. O que dizer de um livro que trata da verdade? Que fala de uma mulher genial. Que lutou e defendeu refugiados, pessoas frágeis e desprotegidas, e que ao mesmo tempo cuidava da família, gostava de arte, lia como uma devoradora enlouquecida e demonstrava uma força sem limites ao lutar contra uma doença cruel. Mary Ann é a personagem principal, mas Will é um condutor tão generoso e tão hábil que nos deixa penetrar em sua mente e processar todo o amadurecimento que é necessário para aceitar a morte próxima de um ente mais que ...

Pausa

Vez ou outra a pausa se faz. Seja por um momento, por algumas horas. Vem por um suspiro, uma coxinha, uma maritaca latindo no galho de Santa Barbara. A vida pede a pausa, o sossego, o momento a sós em um ato de intimidade, a sós consigo mesma, mesmo que cercada de uma multidão. A pausa existe na música, representada quase sempre por um suspiro, um suprimir de ar, às vezes longo, às vezes breve. A pausa da dança que salta com o instante que precede o respiro. É breve o momento que, após o port de bras belo e suave, as mãos relaxam para na sequência enfeitarem um giro. Pausa que soa como vírgulas. Ah! Quem dera o texto-vida repleto de vírgulas, de momentos de respiro, de alívio: E ela sentou (vírgula) pegou a xícara e sorveu o café (vírgula), olhou o papel amassado ao lado do pires (vírgula) e num respiro sorriu para os problemas. Xícara, papel, envelope de açúcar pela metade, índices de um momento que se foi, uma transgressão. Vida-texto que pede, clama pelos pontos, dois p...

As primeiras palavras

Quando aos 13 anos, junto com uma amiga de escola, decidimos adaptar uma peça de Shakespeare, “Sonhos de uma noite de verão”, que eu mal conhecia, não imaginei que um dia me tornaria escritora. Lembro-me dos encontros, da escrita a mão e dos diálogos que acrescentávamos no texto do alto de nossa adolescência. Ainda vejo aquele texto mimeografado e os ensaios que fazíamos na garagem de casa. A peça nunca foi encenada em público. Eu já tinha ousado na escrita através de pequenos versinhos, de diários escondidos no caderno de educação física, textos que falavam das novelas que eu gostava, do garoto que tinha virado meu “primeiro amor não correspondido”. Tudo isso escondido, com vergonha que alguém lesse. Também na minha adolescência, ao lado da prima Adriana que vinha passar uns dias em casa nas férias, reescrevíamos capítulos da novela em voga “Escrava Isaura” e junto de algumas piadinhas bobas que meu irmão contava, encenávamos durante a noite para um pai e uma mãe pasmos com aque...

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