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Machado poderia ter se antecipado a Freud?

Tem um nome que sempre irá me chamar a atenção e cativar a leitura: Freud. Desde os tempos de Faculdade (de Propaganda) que os conceitos do pai da psicanálise me encanta.

Na época o professor nos enfeitiçou com a leitura de textos relacionados a teoria dos sonhos, muito conectada a forma criativa que desenvolvemos campanhas publicitárias, filmes e porque não dizer livros. Desde então procuro ler tudo o que encontro sobre ele, claro que é a leitura de um leigo, de alguém que não possui as bases teóricas suficientes para desenvolver algo mais acadêmico.

Quando recebi as informações sobre o livro “O Imortal Machado de Assis – Autor de Si Mesmo”, do pesquisador Adelmo Marcos Rossi me encantei com a ideia de juntar Machado e Freud.

Ainda não li o livro e estou curiosíssima para fazer isso, afinal Machado se antecipou a Freud?

Vou compartilhar com vocês o material recebido pela assessoria de imprensa que nos dá um bom resumo do que é a publicação.

E você, já ouviu falar de Freud?

 

(texto de divulgação)

O pesquisador do narcisismo Adelmo Marcos Rossi revela em livro que diversos conceitos de Freud estão presentes nos escritos machadianos sob outros nomes

Com um jeito divertido, irônico e incisivo de escrever, Machado de Assis analisou a sociedade, as emoções humanas e a complexidade da mente de uma forma tão profunda que ele nem sequer poderia imaginar quantos conceitos citados por ele seriam descobertos anos depois por Sigmund Freud. Autodidata, o autor carioca teve um acesso limitado à educação formal. Entretanto, isso não o impediu de se tornar um dos maiores nomes da literatura brasileira e – agora – também um precursor da psicanálise antes mesmo de Sigmund Freud iniciar os estudos sobre a psique.

Esta é a descoberta inédita que o pesquisador sobre narcisismo, mestre em Filosofia e psicólogo, Adelmo Marcos Rossi, apresenta no livro O Imortal Machado de Assis – Autor de Si Mesmo, após A Cruel Filosofia do Narcisismo (2021). Ao se debruçar sobre a extensa obra machadiana, composta por romances, crônicas, poemas, peças teatrais e contos, ele mostra, em mais de 450 páginas, os conceitos sobre os quais o Bruxo do Cosme Velho se apoiou.

De acordo com Adelmo, Machado de Assis tomou o narcisismo como elemento central de sua analítica desde o primeiro conto “Três Tesouros Perdidos” (1858), publicado quando ele tinha somente 19 anos. Já a “cura pela fala”, concepção freudiana sobre a importância da palavra no processo terapêutico, aparece sob o princípio em latim “Similia similibus curantur”, que significa “o mesmo se trata com o mesmo”.

 

“Enquanto Freud queria alcançar “a imortalidade do Eu” (O Narcisismo, 1914), como criador de uma nova ciência, incluindo tardiamente o Narcisismo na psicanálise, Machado havia percebido o Narcisismo estrutural tomando-o como ponto de partida. Freud dirá que a literatura – a arte das palavras – era superior à ciência na busca de desvendar os mistérios da alma humana, Machado tinha essa compreensão sem ter lido a obra de Freud. ( p. 14)”

 

O pesquisador traça, no início do livro, um paralelo entre vocábulos conceituais empregados por Machado de Assis e termos cunhados pelo pai da psicanálise: amor de transferência, castração, recalque, chiste, acontecimento imprevisto, inconsciente e outros. A obra está dividida em 24 capítulos independentes, que podem ser lidos em qualquer ordem.

Em “O Imortal Machado de Assis – Autor de Si Mesmo”, os leitores compreenderão como o escritor de “Memórias póstumas de Brás Cubas” (1881) fundou uma espécie de psicologia sob a forma de literatura. Enquanto Sigmund Freud foi fundamental para a área da ciência e conceituou termos importantes para a compreensão da psique humana, a obra machadiana pode não ter criado esse instrumental, mas apresentou a psicologia e as tramas da mente por meio da ficção.

Autor: Adelmo Marcos Rossi

Edição: Autor

Número de páginas: 456

Ano de Lançamento: 2024

 

Sobre o autor: Engenheiro civil (UFES, 1980), mestre em Ciência de Sistemas (Tóquio, 1990), psicólogo (UFES, 2010), mestre em Filosofia (UFES, 2015) e microempresário, Adelmo Marcos Rossi dedica quase 15 anos aos estudos sobre psicanálise. Fundador do Grupo de Pesquisa do Narcisismo, também é autor do livro “A Cruel Filosofia do Narcisismo – Uma Interpretação do Sonho de Freud” (2021).

 

Fotos: Divulgação

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