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Tributo à Lucinda Riley

        Conheci Lucinda Riley em uma tarde de maio, na livraria Cultura do Shopping Vila Lobos. Meu pai havia morrido há pouco e ele era um ávido colecionador de orquídeas. Quando vi o título do livro A Casa das Orquídeas, não tive dúvidas, levei para a casa e foi ai que começou minha paixão pela escrita da autora.

Naquela época, os livros da Lucinda Riley eram da Editora Novo Conceito, que lançou grande parte da obra dela e iniciou a série As Sete Irmãs. Depois disso, a Editora Arqueiro comprou os direitos e está relançando alguns dos livros e trazendo novidades.

A autora, uma aquariana irlandesa, é um fenômeno de criatividade. Suas obras nos fazem penetrar em um mundo que não queremos sair. Você mergulha no texto e não consegue parar enquanto a história não termina. E daí vem a ressaca, a tristeza de não ter mais a história e também a impossibilidade de ler algo diferente por semanas.


Gosto muito de comentar que Lucinda Riley não era uma estrela, não no sentido ruim da palavra. A autora era muito acessível, com uma memória prodigiosa. O primeiro evento dela que presenciei, na Livraria Saraiva do Shopping Morumbi,  Lucinda estava em pleno lançamento do livro A Luz através da Janela. Lembro-me daquele dia como se fosse hoje. Super alegre, a autora conversou com todo mundo, respondeu a todas as perguntas e fez questão de colocar cada um de nós sentados ao seu lado enquanto autografava livro, marcador de página e um caderninho de notas que a editora disponibilizava. Na época pedi que assinasse um para sortear no blog e acabamos conversando um pouco mais.

No evento seguinte, lançamento do livro As Sete Irmãs, foi na Livraria Cultura da Paulista. Lá, ela deu uma divertida palestra e sorteou um kit de lançamento, que eu ganhei. No entanto o maior prêmio que eu recebi foi ela ter se lembrado que estive no outro evento. Aquilo me deixou surpresa!

Li todos os livros da autora (Faltando apenas  A Casa das Borboletas e o que ainda não foi lançado). Cada um deles traz algo de especial, personagens femininas marcantes (os masculinos não ficam atrás), casamentos desfeitos e grandes amores. Literatura madura, feita a base de imersão em pesquisa e dedicação de coração e alma.

Lembro-me de que a autora comentou que escreveu uma parte do livro As Sete Irmãs no Rio de Janeiro. Seu cotidiano era levantar, tomar o café, subir para um local específico e lá gravar durante toda a manhã a história em um gravador de voz, que posteriormente a filha passaria para o computador. Recordo-me que ela falou de uma taça de vinho, de almoço e do retorno às gravações. Um ritual interessante, que reflete muito a vida do escritor de oficio.

Nesta semana a história das Sete Irmãs será finalizada para nós, seus leitores. Harry, o filho mais velho de Lucinda Riley, organizou e escreveu a parte final da trama que é a história de Pa-Salt, o pai adotivo das sete irmãs. O fechamento de tudo se dará agora, e poderemos mais uma vez sentir o gostinho da inventividade desta autora.

O livro Atlas, a história de Pá Salt estará disponível a partir do dia 11 de maio em todas as livrarias do país. Segue a sinopse fornecida pela editora para dar um gostinho de quero mais: 

“Atravessando uma vida marcada por amores e perdas, cruzando fronteiras e oceanos, Atlas: A história de Pa Salt, escrito por Lucinda Riley e seu filho Harry Whittaker, é o surpreendente e inesquecível desfecho da aclamada série As Sete Irmãs.

1928, Paris

Um menino é encontrado à beira da morte e acolhido por uma bondosa família. Gentil, precoce e talentoso, ele se adapta muito bem ao novo lar, e a família lhe proporciona uma vida com a qual ele jamais havia sonhado. Entretanto, ele se recusa a dizer uma única palavra sobre sua verdadeira identidade.

Ao se tornar um rapaz, descobrindo o amor e estudando no prestigiado Conservatório de Paris, ele quase consegue esquecer os horrores de seu passado e a promessa que fez. Mas, na Europa da década de 1930, um mal vem crescendo e se alastrando, e ninguém mais está a salvo. Em seu íntimo, ele sabe que precisará fugir novamente.

2008, mar Egeu

As sete irmãs estão reunidas, pela primeira vez, a bordo do Titã para dar um último adeus ao enigmático pai que tanto amavam.

Para surpresa geral, Pa Salt havia escolhido justo a irmã desaparecida para receber as pistas sobre o passado de todas elas. Mas, para cada verdade revelada, surge uma nova pergunta. As irmãs precisarão enfrentar a ideia de que seu pai adorado era alguém que elas mal conheciam. E, ainda mais chocante, que os segredos de seu passado ameaçam trazer consequências para o presente.”

 

Foto Paulo Guimarães- Livraria Saraiva Morumbi

Talvez este seja o último livro dela. Não tenho notícia que haja outra história guardada. É obvio que ficaremos órfãos da escritora, no entanto, seus livros podem ser lidos e relidos sem que haja o sentimento de repetição, pois a cada leitura você descobre algo de novo.

Como eu não resenhei os dois últimos livros que li da autora (Isso foi explicado em Junho do ano passado) em breve vocês verão as resenhas que faltam aqui.

Caso você nunca tenha lido um livro dela, aconselho a leitura. Com certeza você irá passar horas em companhia dos mais extraordinários personagens.


Links das resenhas:

Série As Sete Irmãs:

As Sete Irmãs – Livro 1

A irmã da tempestade – Livro 2

A irmã da Sombra – Livro 3

A irmã da Pérola – Livro 4

A Irmã da Lua – Livro 5

A irmã do Sol – Livro 6

A irmã desaparecida – Livro 7

Atlas- A história de Pá Salt – Livro 8


Livros únicos:

A Casa das Orquídeas

A Luz Através da Janela

A garota do Penhasco

A Rosa da Meia Noite

A Carta Secreta

A Árvore dos Anjos

A garota italiana

O Segredo de Helena

A Sala das Borboletas

Morte no Internato

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